Insistência.

As palavras, que antes me cercavam, ansiosas, incautas, querendo, e buscando, sair do limbo em que se encontram na minha caixa craniana, hoje me faltam.

Vocábulos esses vadios, que não me dão notícia, não me informam de para onde foram, ou porque se escondem. Sinto tanta falta deles que nem sei como suportar essa ausência. Na verdade, tem sido bem incômodo o fato de não vê-los mais dançantes na frente de meus olhos, ou ideias e ideais brotarem do nada numa viagem de ônibus ou num ócio no trabalho.

É complicado, dolorido, angustiante, querer viver da linguagem, mas a mesma não te permitir confabular com ela.

Disse tudo isso e sabe o que aconteceu?

Deu em nada. Tipo murro em ponta de faca.

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